sábado, 7 de dezembro de 2013

Concepção da dialética da Educação - Um Estudo Introdutório por Márcia Helena Porcaro Salomão 4º Pedagia UEMG

CONCEPÇÃO DA DIALÉTICA DA EDUCAÇÃO UM ESTUDO INTRODUTÓRIO MOACIR GADOTTI ALUNA: MÁRCIA HELENA PORCARO SALOMÃO PROF°: INÁCIO FRADE CURSO: PEDAGOGIA - 3° PERÍODO - UEMG - UNIDADE LEOPOLDINA - 2013 A CONCEPÇÃO DIALÉTICA DA EDUCAÇÃO UM ESTUDO INTRODUTÓRIO MOACIR GADOTTI Moacir Gadotti nasceu em Rodeio – SC em 01 de outubro de 1941. É professor titular da Faculdade de Educação da USP desde 1991 e o atual diretor do Instituto Paulo Freire. Moacir Gadotti é licenciado em Pedagogia e Filosofia, mestre em Filosofia da Educação pela PUC-SP, doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Genebra (Suíça) e livre docente pela Unicamp. Possui várias publicações voltada para a área de educação entre elas: A Concepção da Dialética – Um estudo introdutório – obra publicada em 1984 em SP pela editora Cortez, em que desenvolve uma proposta educacional cujos objetivos são a formação crítica do educador e a Escola Cidadã, numa perspectiva dialética integradora da educação e orientada pelo paradigma do mundo. SÍNTESE DO CONTEÚDO A dialética é uma filosofia que aborda uma concepção do homem. Da sociedade e da relação homem-mundo, ou seja, um método de conhecimento.. Na Grécia antiga, a dialética significava “arte do diálogo”. Desde suas origens mais antigas a dialética estava relacionada com as discussões sobre a questão do movimento, da transformação das coisas. A dialética percebe o mundo como uma realidade em contínua transformação. Em tudo que existe há uma contradição interna. A concepção dialética de Moacir Gadotti visa aplicar as categorias do materialismo histórico marxista, que se preocupavam nas relações sociais, políticas e econômicas do desenvolvimento histórico-cultural da sociedade, a fim de compreender a sociedade, em que a essência do homem é o conjunto das relações sociais. A dialética considera cada objeto com suas características próprias e suas contradições. Para a dialética não existem “regras universais”. Do ponto de vista marxista, a dialética focaliza as coisas e suas imagens conceituais em suas conexões, em seu encadeamento, em sua dinâmica, em seu processo de gênese e envelhecimento. Enquanto a lógica dialética parte do princípio da contradição, a lógica formal parte do seu oposto, isto é, da lei da não contradição. Em nossos dias a dialética e o método dialético têm sido entronizados no mundo capitalista, reduzidos a produtos de consumo, onde grupos cultuam suas virtudes revolucionárias. A dialética é também uma teoria engajada, pois do ponto de vista do proletariado não é uma condição suficiente para o conhecimento da verdade objetiva, mas é o que oferece maior possibilidade de acesso a essa verdade. A dialética opõe-se ao dogmatismo, ao reducionismo, portanto é sempre aberta, inacabada, superando-se constantemente, pois todo pensamento dogmático é antidialético. Enquanto instrumento de análise, enquanto método de apropriação do concreto, a dialética pode ser entendida como crítica dos pressupostos, crítica das ideologias e visões de mundo, crítica de dogmas e preconceitos. A tarefa da dialética é essencialmente crítica. Por isso, há a necessidade de uma educação política. Consciência de classe significa domínio da teoria revolucionária e esta nasce da assimilação crítica das posições mais avançadas da cultura burguesa e da sua consequente superação. Por isso, o trabalhador precisa da escola. A luta pela educação pública e gratuita ganhou o consenso. A introdução de novos métodos, de novas técnicas e de uma escola ativista, uma escola voltada para a vida, renovaram as esperanças de que a paz social e o desenvolvimento integral poderiam ser conduzidos pela escola. A pedagogia tem necessidade muito mais de uma imagem do homem do que de um método. A educação sempre teve esse objetivo: formar o homem para assumir-se integralmente, portanto, autogovernar-se de governar. Enquanto a pedagogia da essência é extremamente determinada, mecânica e a concepção existencialista é voluntária e pessimista, a pedagogia dialética da educação é social, científica, uma pedagogia voltada para a construção do homem coletivo, voltada para o futuro. A pedagogia dialética, fundada no pensamento dialético, decididamente a questão da formação do homem como sendo uma tarefa social. A concepção dialética entende que o desenvolvimento humano se dá pela interação de determinantes internos e externos, negando a existência de uma natureza a priori da criança que não seja a genérica natureza humana, susceptível de todos os desenvolvimentos. A alfabetização não é a extensão da possibilidade de ler e escrever para todos, mas é possibilitar a todos o acesso ao mundo, poder construí-lo com liberdade. O sistema educacional e a educação só podem crescer, ao contrário, com liberdade. Para Moacir Gadotti, Marx descobre que o homem não é algo definido, ele é um processo, ou seja, torna-se homem a partir de duas condições básicas em que ele produz-se a si mesmo e, ao fazê-lo, se determina como um ser em transformação, como o ser da práxis e esta realização só pode ter lugar na história através dos ideais pedagógicos que se sucedem de acordo com o processo dialético de Marx. A divisão do trabalho conduz a diferentes interesses ocasionando diversos paradigmas. Marx e Engels apontam como consequência desta divisão a bifurcação do trabalho em que fica dada a possibilidade da realidade cabendo as pessoas diferentes e a possibilidade de não entrarem em contradição reside no fato de que a divisão do trabalho seja novamente superada. O processo dialético adapta-se à realidade das ideias, não havendo uma única visão possível da realidade. O pensamento de Moacir Gadotti consiste na possibilidade de educar cidadãos críticos e reflexivos a partir da concepção dialética aplicada a educação, que se molda numa perspectiva única, tornando-se difícil a compreensão do modo que o educando se apoia numa filosofia dialética através do diálogo, levando-o a refletir criticamente sobre sua realidade, e deste modo vir a realizar o verdadeiro aprendizado. Numa sociedade de classes, a educação tem uma função política de criar as condições necessárias à hegemonia da classe trabalhadora, implicando no direito de todos participarem efetivamente da condução da sociedade, de poder decidir sobre sua vida social. As condições para hegemonia dos trabalhadores passam pela apropriação da capacidade de direção, pois a Educação é projeto e processo de transformação e de criação. A educação dialética é processo de formação e capacitação: apropriação das capacidades de organização e direção, fortalecimento da consciência de classes para intervir de modo criativo, de modo organizado na transformação estrutural da sociedade. A educação dialética luta pela escola pública e gratuita. Uma escola de qualidade para o povo. Para assumir a hegemonia, a classe trabalhadora precisa unir-se de fundamentos de apropriação de conhecimentos, métodos e técnicas. Implica a apropriação crítica e sistemática de teorias, técnicas profissionais, métodos de aquisição, produção e divulgação do conhecimento: pesquisar, discutir, debater com argumentações precisas, utilizando os mais variados meios de expressão, comunicação e arte. A Educação dialética enfatiza técnicas que propiciem o fazer coletivo, a capacidade de organização grupal, que permitem a reflexão crítica, que permitem ao educando posicionar-se como sujeito do conhecimento. Avalia a prática global, não apenas os conteúdos memorizados. O aluno é também sujeito da avaliação e esta serve para diagnosticar e evidenciar o que deve ser mudado. Para a educação dialética a escola não deve ser uma sociedade ideal, pois ela não esconde o conflito social. A escola deve preparar, ao mesmo tempo, para a cooperação e para a luta de classes. O professor dialético assume a direção e a intervenção da educação, devendo ser mediador do diálogo do aluno com o conhecimento, e não o seu obstáculo. O professor não se faz igual ao aluno, assume a diferença. Ao trabalho educativo caminha na direção do retrocesso gradativo dessa diferença. Dirigir é ter uma proposta clara do trabalho pedagógico. A Educação dialética valoriza a seriedade na busca do conhecimento, a disciplina intelectual e o esforço. Busca resgatar o lúdico, valoriza o rigor científico que não é incompatível com os procedimentos democráticos, reconhece que o uso legítimo da autoridade do educador se faz em sintonia com a expressividade e a espontaneidade, valoriza a afetividade no encontro interpessoal. CONCLUSÃO Moacir Gadotti apresenta a educação como ponto forte de seu texto, pois que não se refere a educação que estamos vivenciando. Demonstra humildade, pois equipara as ideias que colocou com a educação, com certeza, desvalorizando muito o seu esforço; e demonstra o mau gosto, pois o peso que carrega a palavra educação dentro de uma visão deformadora dos seres humanos instrumentalizada de uma maquinaria que não visa a aproximação, mas a normalização. O que se deseja é a construção de uma nova sociedade, que precisa ser ativa, que pode contar com locais para assimilar seus conhecimentos, seus anseios e medos, resplandecendo o que de humano há em nós, construindo um modelo onde o que se veja seja o reflexo humano e não as correntes de um sistema. BIBLIOGRAFIA Gadotti, Moacir. Concepção dialética da Educação: um estudo introdutório – 10ª edição – São Paulo: Editora Cortez, 1997. Google, Wikipédia – Bibliografia. RESENHA DE SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO CONCEPÇÃO DA DIALÉTICA DA EDUCAÇÃO UM ESTUDO INTRODUTÓRIO MOACIR GADOTTI ALUNA: MÁRCIA HELENA PORCARO SALOMÃO PROF°: INÁCIO FRADE CURSO: PEDAGOGIA - 3° PERÍODO - UEMG - UNIDADE LEOPOLDINA - 2013

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